Take Livre: Audiovisual na Palma da Mão democratiza o acesso à produção de conteúdo digital em Campos
- Kamilla Póvoa

- 15 de out.
- 2 min de leitura

O projeto Take Livre – Audiovisual na Palma da Mão, idealizado pela editora de vídeos e empreendedora Juliana Sandamil, tem levado formação e inclusão digital a alunos da Educação de Jovens e Adultos (EJA) de Campos dos Goytacazes. A iniciativa busca democratizar o acesso à produção de conteúdo audiovisual por meio do uso criativo e consciente do celular, transformando essa ferramenta cotidiana em um instrumento de expressão, aprendizado e pertencimento.
Com oficinas práticas e de curta duração, o Take Livre ensina noções básicas de captação de imagem, edição simples e narração autoral, sempre com foco no protagonismo dos participantes. O protótipo do projeto foi realizado com alunos da Escola Municipal 29 de Maio, que vivenciaram todas as etapas da criação de vídeos curtos — da gravação à edição — utilizando apenas seus próprios celulares e ferramentas gratuitas.
Juliana Sandamil, que traz na bagagem experiência como montadora e contadora de histórias, traduz técnicas profissionais em uma linguagem acessível e empática. “A proposta é mostrar que qualquer pessoa pode contar sua história de forma criativa, mesmo sem equipamentos sofisticados. O celular é uma porta de entrada para o audiovisual e para a autonomia criativa”, explica.

Inserido no cenário da Economia Criativa de Campos, o Take Livre é um dos 20 projetos selecionados pelo Programa Municipal de Apoio à Economia Criativa, desenvolvido pela Tec Incubadora — empresa credenciada à Secretaria Municipal de Educação, Ciência e Tecnologia. O projeto alia formação técnica e cultural, promovendo a inclusão de públicos historicamente à margem das inovações digitais e fortalecendo competências criativas com potencial de geração de renda e transformação social.
Para Adriana Crespo, gerente de Programas, Projetos e Parcerias da Subsecretaria de Ciência e Tecnologia, o Take Livre é um exemplo de como a tecnologia pode impulsionar a transformação social.
“Ao integrar o Programa Municipal de Apoio à Economia Criativa, o projeto mostra que é possível democratizar o acesso à produção audiovisual e valorizar a voz de quem muitas vezes não tem espaço para se expressar. Ver alunos da EJA usando o celular para contar suas histórias é ver a criatividade e a cidadania em ação”, destaca.
Já Mariana Fagundes, instrutora do curso de Negócios Criativos da Tec Incubadora, ressalta o potencial de sustentabilidade da iniciativa.
“Desde o início, o Take Livre se destacou pela proposta simples, mas potente: transformar o celular em um canal de expressão criativa e cidadã. Os resultados aparecem logo nas primeiras oficinas, e é inspirador ver como um projeto com viés social pode também se tornar um negócio sustentável dentro do ecossistema criativo”, afirma.
Ao chegar às escolas municipais, o Take Livre entrega mais do que técnica: oferece ferramentas de expressão e pertencimento, fortalecendo a cultura digital como um motor de inclusão, criatividade e inovação social.









