RPG e Empreendedorismo Criativo Marcam Noite na EM Wilmar Cava Barros

A noite desta segunda-feira (20) foi de aprendizado e imaginação na Escola Municipal Wilmar Cava Barros. Alunos da Educação de Jovens e Adultos (EJA) participaram de uma aula diferente, que uniu literatura, empreendedorismo e o universo dos jogos de interpretação (RPG – Role-Playing Game). A atividade foi conduzida por Victor Guimo, sócio-diretor da Escafandro Editora, empresa contemplada pelo Edital Municipal de Apoio à Economia Criativa.

Durante o encontro, Guimo apresentou o trabalho da Escafandro, especializada na publicação de livros de RPG — um segmento que vem crescendo no Brasil. De forma leve e didática, o editor explicou o funcionamento de uma editora, desde a escolha dos originais até o lançamento das obras, e desmistificou o conceito de RPG, que ele definiu como uma “narrativa colaborativa”, onde cada participante contribui para a construção de uma história guiada por regras e pela imaginação.

O palestrante também destacou o potencial econômico desse mercado, ressaltando que Campos dos Goytacazes já abriga profissionais atuando em áreas relacionadas, como tradução, ilustração e produção de conteúdo. Surpreendendo os presentes, Guimo revelou que a Escafandro está em negociação com uma grande empresa internacional do setor de entretenimento para a publicação de um jogo baseado em uma famosa franquia da cultura pop — projeto que ainda está sob confidencialidade e só pôde ser detalhado aos participantes da oficina.

A parte mais envolvente da noite foi a atividade prática. Divididos em grupos, os alunos foram desafiados a criar as bases de seus próprios jogos. O que começou com timidez logo se transformou em entusiasmo: surgiram mundos fantásticos, heróis complexos e histórias cheias de criatividade.

A oficina evidenciou como a economia criativa pode se tornar uma poderosa ferramenta educacional, estimulando o pensamento crítico, o trabalho em equipe e a expressão artística. Mais do que uma palestra, a noite na EM Wilmar Cava Barros foi uma verdadeira imersão no poder das histórias — e uma prova de que aprender pode ser, sim, uma grande aventura.